o meu bairro

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De certeza que há bairros mais agradáveis, outros nem tanto.
Mas eu gosto deste e as razões são mais que muitas:
  • gosto dos pastéis de massa tenra e da tarte de maçã do Frutalmeidas
  • ir até ao parque 1º de Maio
  • ir ao mercado que fica na rua por trás do Teatro Maria Mattos
  • comprar chocolates na loja da Arcadia (esta apareceu há pouco tempo)
  • os bolos e o pão da padaria da Av Oscar Monteiro Torres
  • descer a mesma avenida até ao Campo Pequeno
  • ir com os meus filhos ao jardim Fernando Pessa
  • ir à Livraria Barata comprar livros e revistas
  • ou a Livraria Bertrand que tem um painel na parede do 1º andar que não me importava de ter um dia
  • o cinema Londres
  • estar na esplanada da Mexicana ao final da tarde
  • comer gelados na Surf
  • a simpatia da dona da sapataria que já nos vendeu sapatos de todos os tamanhos para os meus filhos 
  • a retrosaria às antigas com uma colecção de botões de fazer inveja
  • a loja de tecidos (a Ouro Têxteis, a mesma que existe na Rua Augusta, e uma das únicas que sobreviveu) que tem alguns tecidos bem giros e que fica mesmo ao lado de casa, ...
Existem mais que posso acrescentar à lista.
Esta é uma Lisboa diferente da tradicional e que normalmente é mostrada nos roteiros.
Lisboa não é só os bairros antigos, a Baixa, o Castelo e o Rio.
Esta Lisboa é dos anos 50 e 60.
Tenho pena que já não tenha o mesmo movimento de outros tempos, que o cinema Roma e a discoteca Roma tenham desaparecido, que a Piscina Municipal do Areeiro onde aprendi a nadar esteja a cair em ruínas, que da Biblioteca municipal já só reste a placa com o nome, que alguns cafés tenham desaparecido (o Roma que deu lugar a um McDonalds), e que outros como a Sul América, ou o Vává, o Luanda, e a Suprema já não sejam como eram.
Enfim, para mim que sempre vivi por aqui continuo a ver o que talvez já não exista mas tenho um grande prazer em continuar por cá.

4 comentários:

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