um "depois" sem o "antes"

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Não é meu hábito pôr coisas destas por aqui e poderia dizer que a culpada é a coitada da "overlock" do Lidl mas já há muito tempo que andava com esta na cabeça.
Não tirei fotografias do "antes" porque tinha vergonha da desarrumação. Mas resolvi tirar fotografias do "depois" para daqui a uns tempos quando o caos estiver novamente instalado poder voltar aqui.
Depois de uma semana a planear e dois dias de fim-de-semana em arrumações à séria hoje ao final da tarde devo ter estado uns 15 min a contemplar o serviço feito. E senti-me bem! Não me apetecia sair dali e a vontade do fim-de-semana começar de novo para me sentar a costurar era enorme, escusado será dizer!
Aos poucos fui convidando a Mariana, a Marta, o J, e finalmente o meu filho Miguel, para entrarem e verem e darem a sua aprovação.
As duas primeiras fotografias "dão" o panorama completo e depois é seguir a ordem  dos pormenores da esquerda para a direita até chegar quase à saída daquilo que passou a ser o quarto de costura da mãe cá em casa..
Resolvi recorrer ao Ikea e o momento da transformação (leia-se arrumação) começou com a escolha de duas estantes Billy em promoção que juntas tinham as medidas exactas de uma parede. As portas de vidro são óptimas porque permitem-me ver todos os tecidos e impedir que o pó se vá acumulando. Do lado esquerdo tentei arrumar todos os tecidos de Inverno e do lado direito tentei arrumar todos os tecidos de Verão, mais tecidos de algodão para trabalhos tipo "bolsas e bolsinhas", mais enchimentos e forros na prateleira de baixo. Para os tecidos que estão em rolo reciclei (lavei) um velho cesto para guarda-chuvas que tinha guardado da casa antiga. Descobri que tenho mais tecidos do que imaginava (curioso, sem dúvida!, e meu querido J. passa à frente desta parte pf)!
Consegui a proeza de deixar as mesas das máquinas de costura praticamente livres de objectos (a quantidade de coisas que tinham em cima antes era inacreditáve!).
As prateleirinhas com os frascos de botões não são novidade.
As caixas brancas etiquetadas com materiais devidamente separados permitiram-me descobrir coisas que já não me lembrava de ter e algumas ferramentas em duplicado como por exemplo um alicate para fazer furos.
Arranjei um carrinho de rodinhas para acumular os meus wips e olhar para eles de consciência pesada mas feliz.
O quadro de post-it's também não é novidade.
E os manequins já se conseguem ver em vez de irem acumulando "coisas" em equilíbrio.
As revistas organizadas em arquivadores são uma novidade.
E a minha cesta das aulas de costura já tem um sítio próprio.
Os quadros deixaram de estar no chão e por cima das mesas e finalmente estão pendurados.
Optei por deixar uma parede em branco (a única que sobrou e que não se vê) para a próxima vez que me dedicar ao patchwork.
Definitivamente, "expulsei" (no bom sentido, claro!) quem tinha pretensões de usar este quarto com outros fins e posso dizer que tenho o meu quarto de costura, finalmente!
Não é exactamente o que tinha imaginado porque não queria tanto móvel branco e gostava de ter ainda um cadeirão ou um sofá para as minhas companhias habituais (Marta, Mariana ou Miguel) poderem estar mais confortáveis, mas não se pode ter tudo. E eu diria que já tenho imenso!
Agora ainda estou a pensar se ponho ou não umas cortinas para dar um ar mais aconchegante, se arranjo uma coluna para ter música, e se faço umas cobertas em tecido para as máquinas ...

Boro

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Há uns dias atrás estivemos no Mude a visitar esta exposição temporária sobre o Japão.
Reaproveitar retalhos de roupa velha transformando-a em novas peças.
É uma técnica muito interessante utilizada pela população mais pobre parecido com o patchwork cosido à mão como remendos.
Adorei a mistura de retalhos da segunda e terceira fotografias.
Trazia para casa o colete da fotografia seguinte.
Pendurava numa parede que tenho cá em casa o painel da quinta fotografia.
Adorei as cores das duas seguintes.
E fiquei fã dos sacos das duas ultimas (o primeiro que vi assim foi este feito pela Joana há uns tempos atrás).
Tenho uma colecção enorme de calças de ganga velhas que já não servem à espera de solução e esta visita foi uma enorme inspiração. O painel de parede ficou-me em memória (fica em post-it para projectos futiros, se houver tempo, quem sabe um dia ...).

sem nada para dizer

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Não é decididamente a melhor vista de Lisboa nem nada por aí além.
E só a imaginação me vale para saber que por trás destes prédios todos vislumbra-se o rio.
Mas a chuva e a escuridão dos últimos dias desapareceu e eu preciso de guardar esta manhã de sexta-feira com uns raios de sol (porque "dizem" que amanhã volta tudo ao mesmo).
Venha o fim-de-semana :)

divagando do verbo "fazer"

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Foto disponibilizada por Henry Poole & Co para Zady.com

Estive a ler sobre alfaiates num dos sites que gosto de ir visitando de vez em quando.
O ambiente de atelier, com tecidos e corte e costura à mistura, e de certeza o prazer de fazer bem e à medida para quem apreciar e puder pagar. Que poderei dizer além do facto de que gostaria de ter a experiência de passar por um, uns tempos, e ficar por lá a ver e a aprender.
Aqui em Lisboa há vários, mas quando me falam em alfaiates lembro-me sempre de um que há (ou havia até ao ano passado) no Largo do Coreto de Carnide e que fazia os meus encantos sempre que espreitava pela montra antes de ir buscar a Mariana às suas aulas de música.
Enquanto lia saí de Lisboa e "voei" até Savile Row em Londres, uma rua que é conhecida como um centro de excelência pelos seus alfaiates. Dizem estes senhores, com um ar muito aprumadinho e muito "british", que um fato à medida pode demorar cerca de 70 horas a ser feito por alfaiates de primeira.
70 horas é uma "montanha" de tempo. E quanto aos alfaiates "de primeira" leia-se muitos anos como aprendiz, anos a repetir os mesmos preceitos muitas vezes até lhes conhecer as manhas e os truques, anos até conseguir fazer algo tão perfeito e quase sempre único que não há máquina que justifique programar para ter algo assim.
Gostava mesmo de ver do princípio ao fim as 70 horas que estes senhores levam a fazer estas coisas.
Não é válida por aqui a tendência de nivelar pela média do custo/benefício (que queremos sempre optimizar) onde aos poucos se perde este conhecimento que só se transmite assim: fazendo e vendo fazer.
Em vez dos alfaiates poderia estar a falar dos fazedores de sapatos, ou dos que trabalham o vidro, ou outros fazedores quaisquer. Estou a falar de artesãos e não de arte. Falo de ofícios. Só fazendo se dá valor.
Na essência do fazer está também a compensação do trabalho realizado e posso garantir que é uma sensação óptima!

do diário gráfico

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Estão por ordem cronológica.
Ignorei os primeiros que fiz que nem sequer me atrevo a registar aqui e vou tentando apanhar o jeito depois de muitos anos sem tocar em lápis ou pincéis.
Embora "caras" e "pés" ainda não seja comigo acho que já começam a parecer-se com alguma coisa. Sempre a alguns anos-luz do que vejo nas minhas "vizinhas" das mesas do lado. E ainda a alguns anos-luz daqueles desenhos que com meia dúzia de traços feitos rapidamente mostram logo à primeira vista a ideia de um vestido ou de um conjunto.
Todos os desenhos são cópias de modelos de revistas que apanho por aí ...
Depois de tantos anos, tem sido muito entusiasmante dedicar-me novamente ao desenho, desta vez com um objectivo específico mas completamente fora da minha "zona de conforto".
Esta ideia que tenho seguido na Ada Spragg de um guarda-roupa feito por "moi même" para mim própria cada vez me atrai mais. Todo o processo que ela descreve tem muito a ver comigo!
Até agora tenho feito peças de uma forma avulsa, aleatória, sem uma lógica que não seja o que me apetece fazer no momento. Sempre que vejo um modelo que goste, faço para mim e com o entusiasmo de algo novo faço mais algumas com ligeiras variações que vou pondo on-line no Etsy.
Começo a gostar da ideia de planear um conjunto de peças bem feitas e com bons tecidos que possa ir fazendo e coleccionando de forma equilibrada, e acrescentando, com alguma lógica, variedade à roupa que já tenho.
À medida que o tempo passa cada vez me parece que tenho menos paciência para este conceito de "fast fashion" que nos leva a andar sempre à procura de qualquer coisa e depois quando compramos usamos duas ou três vezes porque à quarta já não tem bom aspecto ou já está "démodée".

memórias do tempo de aprender de novo

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Hoje estive no mercado do Príncipe Real.
Começou bem, mas à medida que as horas passavam o tempo começou a piorar. Passei uma boa parte da manhã a agarrar o chapéu, a cadeira, o charriot e tudo o mais que estivesse solto.
Como era de prever o desastre aconteceu e uma rajada de vento das fortes atirou ao chão tudo o que era possível.
Aprendi que nestas coisas existe um espírito de entre-ajuda que raramente encontro fora de casa.
Quando dei por mim foi num instante que não sei quantas mãos levantaram tudo, ajudaram a pôr no sítio, e ainda me emprestaram (ainda sou uma novata nestas coisas) cordas e cabos que ajudassem a fixar tudo a uma das árvores. Muito obrigada!
Por volta das 2 da tarde, e tal como o cinzento do céu prometia, começou a chover fortemente.
Foi só o tempo de conseguir enfiar tudo o mais rapidamente possível dentro do carro e acabou o mercado.
Foi pena!
O almoço tarde na tasquinha ao lado do jardim (a mesma onde íamos há não sei quantos anos atrás ainda no tempo da faculdade) soube-me muito bem em vez das sandes que estavam programadas para esse dia.
Independentemente do sucesso ou insucesso de hoje, o que aconteceu acrescentou mais um bocadinho ao que vou aprendendo nestes dias de mercado a que tenho ido. Tirei as minhas conclusões e tenho mais umas certezas, embora as dúvidas sobre o caminho a seguir ainda sejam muitas.
No entretanto, fomos dar as nossas voltas, e por causa das aguarelas que tive que ir comprar para as minhas aulas de desenho acabámos num dos sítios do costume.
Final de tarde óptimo, café mais um éclair na Bénard na companhia do meu querido J, sentir o "espírito" que torna certos locais únicos e que o Chiado tem, o azul carregado do céu, as luzes dos candeeiros, o cheiro das castanhas assadas, entrar na Igreja dos Italianos e a seguir dizer adeus ao Largo Camões.

sábado

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Este sábado vou estar no mercado do Príncipe Real das 10h às 18h.
E estas quatro capas que andei a fazer vão comigo.

à aventura no Lidl com uma SINGER Overlock 14SH754

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Estava nos meus planos comprar uma máquina de costura "corta e cose" mas não estava nos meus planos fazê-lo agora.
Só que soube que o Lidl estava a fazer mais uma das suas promoções destas máquinas e por isso não deu para pensar duas vezes. Das vezes anteriores parece que esgotou no próprio dia e eu cheguei tarde demais.
Ontem tive sorte e consegui. "Depositei" ("rápido, beijinho, beijinho, meus queridos que a mãe hoje tem que se despachar") os meus três queridos filhos à porta do liceu e consegui chegar à loja do Lidl da Av Visconde Valmor pouco passava das 8.30.
Nunca lá tinha estado antes, mas assim que entrei, mesmo com alguma miopia, vislumbrei três caixotes no fundo da loja. Nem quis acreditar! Ainda assim rezei para que não existissem mais três "almas" como eu já a caminho das ditas. Não havia e eu consegui agarrar uma. Como não me lembrei sequer de procurar um carrinho, alegremente, com uma mão a doer-me por causa da pega e do outro lado uma carrada de linhas em equilíbrio (a 1,29 eur cada) lá consegui chegar à caixa de pagamento. Vitória!!!!! Respirei de alívio!
Para eu própria mais tarde perceber este comportamento um pouco estranho (digamos assim!) convém falar em preços. No Lidl custou 149,99 eur. Fora do Lidl o preço varia e o que pesquisei ronda os 320 eur. É uma diferença muito significativa e dá para desconfiar, mas pelo que percebi a diferença entre uma comprada no Lidl e outra comprada fora tem a ver com os acessórios que a de preço maior trás traz a mais mas que quanto a mim não justificam de modo nenhum tal diferença. As revisões que li são positivas e todas referem que se trata de uma boa compra.
Assim que conseguir pô-la a funcionar, o que não me parece nada fácil, logo confirmarei.
No entretanto, o problema que se segue é arranjar espaço onde a pôr. Tenho impressão que chamar hobby a isto já começa a ser pouco dificil. Olhando para ontem tenho um bocadinho vergonha deste comportamento um bocado "fuçanga" mas tenho a certeza que deve haver por aí quem me compreenda e que não estou sozinha neste mundo.

dia no mercado

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Hoje foi assim.
Um dia ameno já com o frio de Outono.
A "grande" companhia de hoje foi a Marta na sua melhor versão e que me deu uma ajuda fantástica. 
Também tive bons vizinhos e com eles aprendi uma palavra nova Kokedama. É uma arte japonesa de criação de arranjos de plantas com bolas de musgo. Fiquei encantada com o que vendiam e não resisti a comprar a laranjeira que decora a minha mesa e que aparece na fotografia. Se vierem a ter algum limoeiro é certo e sabido que também não vou resistir.

dia de mercado

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A acabar as últimas coisas que tinha planeado fazer.
Domingo vou estar no mercado "Crafts & Design" de Novembro no Jardim da Estrela.
Um dos mercados mais giros de Lisboa.

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