dia da espiga

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Uma tradição da minha mãe.
Que me foi ensinada como muitas outras.
Algo me diz que tenho que a passar aos meus filhos.
Sem qualquer razão ou porquê. Só porque sim.
Contra toda a lógica acho que sou supersticiosa.
Herança da minha mãe ... provavelmente sim!

miudezas

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Há pouco estava a ler a Homes & Antiques deste mês e encontro mais um artigo bem interessante sobre uma artista dedicada a trabalhos em bordado e que por acaso até tem uma máquina de costura igual à que comprei.
Já sei que estou a bater na mesma tecla, mas estas "piquenas" coincidências fazem-me sorrir :) Não passa de miudezas eu bem sei ... (suspiro) mas que tem a sua graça tem :)
(Trata-se da Louise Gardiner cujo site está aqui e que tem umas coisas bem giras por sinal. Os "Figurative" são bem ao meu gosto.)

ferrrramentas novas

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Que é como quem diz - máquina de costura nova.
Um namoro de vários meses deu nisto. Comprei uma Bernina - o único modelo na versão mecânica que existe nesta marca - a Bernina 1008. Já tinha experimentado coser numa há uns anos atrás e ficou-me em memória a diferença de qualidade superior para qualquer outra que já tenha experimentado.
Segundo o vendedor que também é o importador, "já quase ninguém compra este modelo". Eu sei que talvez não. Há tempos atrás telefonei para uma loja a perguntar se tinham uma que eu pudesse ver e disseram-me com simpatia e delicadeza que "não tinham mas podiam pedir se eu quisesse mesmo. Porque hoje em dia é mais comum e melhor comprar uma eléctrica, a 250 ou a 210 que tem 30 e tal pontos (e faz não sei o quê mais), a que quer ver é quase uma máquina de culto" (!).
Pois se calhar é, nunca mo tinham dito. Mas eu fartei-me de ver e rever modelos e opiniões e cheguei à conclusão que estou farta de softwares e upgrades, botões e ecrans LCD. Já tenho disso em quantidade suficiente no meu dia-a-dia. Não é que o meu trabalho de todos os dias tenha alguma coisa a ver, mas uma máquina mecânica é igual aqui e na China e é para sempre. Não tenho nada contra as outras mas eu prefiro assim.
Antes de me decidir por esta, e baseada em muita leitura na net, tentei comprar a velha e famosa Bernina 830. Mas não deu, depois de meses à procura, ao vivo não encontrei nenhuma e comprar uma coisa assim pela net fazia-me alguma confusão.
Acho que agora já posso dizer que também já pertenço oficialmente :) ao clube de fãs da Bernina.

fotografar e um novo olhar

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Mesmo no final do meu curso de iniciação à fotografia só posso dizer bem. Muito bem mesmo.
Ontem foi um dia muito intenso, fisicamente, e não só. Descobri o modo "manual" e percebi o que tenho perdido nestes últimos anos em modo "automático". A fotografia é uma forma fantástica de ver e sentir este mundo como algo extraordinariamente bonito. Alienante? Não. Altamente terapêutico diria eu. Não me lembro de ter dores de cabeça e só senti mesmo o cansaço quando cheguei a casa. Deitei-me e dormi de uma só vez, profundamente. Não me lembro de ter aguentado tanto frio durante tanto tempo e mesmo assim querer continuar. Experiências mais que muitas. Doze ou treze horas que pareceram 24. Descobri um novo mundo e agora não me apetecia nada parar.
Se pudesse amanhã partia para terras distantes e fazia click, click, click por aí.
Mas infelizmente a China, a India, o Japão, a Patagónia e outros sítios assim terão que ficar à minha espera até eu arranjar um tempinho que me liberte por aqui. Talvez um dia destes, quem sabe :)
Entretanto volto à realidade ... desço à terra, e encontro-os de novo no ritmo que já conheço. Obrigada Família e meu querido J por me terem deixado com este tempo só meu! :)

conversas soltas viii

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A Mariana continua com as alergias características desta época. Por isso hoje resolvi ir buscá-la ao liceu e trazê-la para casa em vez de a deixar continuar com as actividades da tarde.
Quando vem sozinha comigo no carro temos desde longos silêncios até momentos em que a quantidade de palavras por minuto é algo que muitas vezes o meu cérebro não consegue processar.
Hoje foi dia de silêncios.
Parei num sinal vermelho. Espreitei pelo espelho retrovisor e achei que estava distraída a olhar lá para fora.
Mariana: "Sabes mãe tenho sempre tantas perguntas sem resposta!"
Abri mais os olhos e continuei virada para a frente, calada, à espera do que viria a seguir.
Mariana: "E há tantos porquês ...!"
Não lhe disse nada. Achei que não valia a pena dizer-lhe já que o que ela descobriu tão cedo nos acompanha pela vida fora.

fotografia

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A aprender de novo.
Este tem sido um mês de novidades e que está a passar à velocidade da luz. Agora surgiu esta oportunidade e não me apeteceu adiar mais.
Fotografia é algo de que gosto muito e tenho pena de nunca lhe ter dedicado tempo de estudo suficiente.
Frustrações acumuladas já tenho em número suficiente porque normalmente a imagem que fica na minha memória é sempre muito melhor do que a que obtenho quando uso a máquina fotográfica.
Como o tempo não abunda e não tenho paciência para ler os manuais precisava de algo deste género.
Tal como previa, enquanto oiço as explicações um novo mundo se abre.  Agora estou desejando que chegue a parte prática com o modo automático em off. Aí é que vão começar os "ais que isto não sai como eu quero".
Espera-se uma semana muitíssimo intensa por aqui.

moi e o arco-íris

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Este fim-de-semana foi dia de mercado "Portugal Real" no Príncipe Real e eu estive lá.
Moi même! E a minha querida família que foi vindo e indo, à vez, neste "out of the box" a que nenhum de nós estava habituado. Uns de surpresa, outros esperados, e outros inesperados :)
O mercado estava óptimo, a organização correu muito bem, e Lisboa deu-nos mais um dia daqueles: sol, calor morno, bom tempo com uma brisa morna de vez em quando. Boa música e gente gira e divertida num dos jardins que mais gosto, com a sorte de ter um quiosque ao lado onde podíamos refrescar de vez em quando. Não se podia pedir mais.
Se nos divertimos? Sem dúvida que sim! E bastante por sinal!
A sorte imensa que eu tenho por ter calhado numa família assim!
As últimas fotografias têm a Marta por trás da objectiva no desenfreamento que algumas vezes a ataca quando se apanha com a máquina na mão. E eu agradeço-lhe porque fotografias onde eu apareça devem contar-se pelos dedos de uma mão.

tessuti

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Visitar uma cidade nova sem procurar lojas de venda de tecidos, ou lãs, ou retrosarias, não é visita. Não poderia deixar de falar de Roma sem registar a minha busca pelas ditas. A pesquisa que fiz antes de ir confirmou o que encontrei. Ou melhor dizendo, dificilmente encontrei, apesar de ter andado por muito sítio.
Digna de registo fica a Fratelli Basseti Tessuti no Corso Vittorio Emanuele II nº73.
Não daria nada pela entrada até chegar ao 1º andar de um prédio antigo e com um aspecto mais ou menos duvidoso. Salas e salinhas que se iam sucedendo e descobrindo cobertas de rolos de tecido do chão até ao tecto.
Os "scampoli" (retalhos a preços mais baratos) não me tentaram. Admirei a variedade, a quantidade e a qualidade. Quanto ao preço e comparando com o que vejo em Lisboa é mais barato apesar de na grande maioria se tratarem de tecidos que normalmente são caros. O sector dos tecidos para camisas (na segunda fotografia) e o sector das sedas eram de perder a cabeça.
Tive a companhia do meu filho Miguel que não gosta de me deixar sozinha.
E como tive muito pouco tempo para explorar devidamente a coisa (também por consideração para com ele) acabei por não comprar nada mas valeu a pena a visita.

desejar

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Enquanto estive em Roma não me lembro de ter visto grandes edifícios de centros comerciais.
Reparei que existem imensas lojas de rua pequenas com um aspecto "delicioso", simples e de bom gosto como as coisas simples são normalmente, dedicadas a vários ofícios.
Desde ourives, a sapateiros, a pessoas dedicadas a fazer artigos para caça (que não sei como se chamam), gelatarias artesanais, os que fazem uma variedade enorme de massas para venda, e outras coisas mais, até aos que se dedicam a fazer roupa (deixei-os para o fim de propósito). Imensos. Lojas mínimas de 30, 40 ou 50m2 se tanto com roupas originais, bem feitas, e caras/baratas q.b.. Dada a quantidade presumo que por Roma valorizam estes trabalhos manuais dedicados à costura, e ao "bem fazer", e há mercado suficiente para os manter.
Mesmo ao lado do hotel onde ficámos hospedados havia uma loja de alfaiate que me apaixonou.
Não tive coragem para pedir que me deixassem fotografar o interior, mas todos os dias namorei a montra e registei em memória algo muito muito próximo mesmo do que gostaria de ter ou fazer um dia se possível fosse, mas na versão feminina. Se irei mudar de ideias não sei, mas neste momento é o que sinto.
As amostras de tecidos, os modelos alinhavados a aguardar prova, os balcões de madeira a cheirar a antigo, o escolher à medida à vontade do freguês, e fazer algo que considero útil que alguém queira ou necessite, use, aprecie, e por isso esteja disposto a pagar o justo valor ...
Um pouco fora do seu tempo, eu sei. Quem estará disposto a passar por todo este processo, e sobretudo, em tempos em que nos habituámos a ver e comprar, quem estará disposto a esperar que a "obra" fique pronta? Provavelmente poucos. Mas mesmo assim, quem sabe um dia? :)

Bordallo Pinheiro

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Ontem faltou-me falar da nossa passagem pela Fábrica Bordallo Pinheiro.
Uma das minhas paragens favoritas e quase obrigatória. Normalmente vou acompanhada por alguém que trava o meu instinto consumista e por isso depois de cobiçar no mínimo dez peças, depois de várias "levo esta", "espera, troca por esta", lá consigo decidir-me e venho-me embora consolada com a peça eleita do dia. Vou coleccionando ...
As empregadas simpáticas deixaram-me tirar algumas fotografias ("de longe").
Infelizmente não pude fotografar a exposição de algumas peças de Bordallianos do Brasil. Peças super interessantes, algumas como esta ou esta eram giríssimas e não me importava nada de as ter em casa.
Como as minhas andorinhas estavam esgotadas estive quase quase a começar uma petite collection de râs. Fica para a próxima visita ...

fragmentos a Oeste

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Saímos de Lisboa a meio da manhã de manga curta e com um céu azul. Chegámos às Caldas onde encontrámos o céu cinzento e descobrimos que nos esquecemos do casaco de malha.
Com imagens:
a rua das montras
o restaurante Tijuca, as "pescadinhas de rabo nos lábios ..." :)
o muro de uma casa à procura do restaurante dos Guisados
os peregrinos a caminho de Fátima
Sem imagens:
os pastéis de feijão que comprámos no Rei das Cavacas (de comer e chorar por mais)
uma hora e meia na loja da Casa Felizardo (nem dei pelo tempo passar)
o passeio junto ao hospital no Largo Rainha D Leonor (abandonado!)
as compras habituais que fizemos no mercado da fruta provisório (esperamos ansiosamente pela inauguração em Junho)
a exposição de pintura do Milleniumbcp no Centro Cultural das Caldas (naturalistas portugueses, do melhor)
o lanche no Pão-de-Ló de Alfeizerão (da praxe)
Caldas da Rainha! Um dos sítios onde mais gosto de estar!
Já tinha muitas saudades destas imagens!
A melhor companhia que podia desejar!
Um dia fantástico que nunca vou esquecer! :)
PS.: Na realidade houve mais umas coisas de que hei-de deixar registo depois ...

destes dias

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O tempo passa.
Vejo-te crescer e tenho saudades de como era antes.
O que eu sonhei quando brincava às mães afinal eras tu minha querida.
Alma de artista, tão sensível, que se protege vivendo num mundo onde só de vez em quando somos autorizados a entrar.
Não interessa como foi ontem, nem interessa como será amanhã. Tréguas sem recriminações. Enquanto o que é bom durar e a porta estiver aberta eu aproveito e entro. Gravo em memória silêncios, sorrisos, abraços, conversas calmas sem discussões, gestos de paz, e olhares onde (confesso agora) encontro reflexos de mim, do que fui e já não sou tanto.
Seria tão bom que estes últimos tempos durassem assim como estão.
Que felizes seríamos todos se os nossos dias continuassem assim!

no entretanto

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e enquanto não me decido acabei mais um vestido maxi.
O tecido que usei parece de malha e tem bastante elasticidade. Para que a fita que liga as duas partes à volta do pescoço não deformasse resolvi aplicar-lhe entretela termocolante e fazê-la suficientemente "grossa" para não deslizar.
Este teve a aprovação da Marta! O que para mim é elogio suficiente!
Venha o próximo.

qual será

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o próximo vestido que vou fazer mas minhas aulas de costura?
Suprema dúvida existencial que me ocupa o espírito nos últimos dias ...
Está difícil de escolher. Há uns dias atrás descobri este livro nos saldos da Livraria Barata que tem uns modelos fora do comum. Esquemas simples como eu gosto, atrai-me especialmente a simplicidade do modelo da segunda fotografia. E gosto em particular dos detalhes dos decotes de alguns dos vestidos.
O meu primeiro vestido foi o molde base (claro!), o segundo foi feito a partir de uma transformação ao molde base que me deu algum trabalho e que levou bastante tempo a fazer. Por isso, no terceiro gostava de experimentar algo mais simples e mais rápido de executar.
Uma possibilidade poderá ser o bem conhecido wrap dress que também já aprendi a desenhar.
Enfim, já percebi que hoje não será um dia bom para isto. Nestas ocasiões o melhor é não pensar mais no assunto e quando chegar a hora algo há-de surgir. Até porque foi assim que aconteceu das outras vezes ....

duas faces

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do mesmo saco.
Este fim-de-semana apeteceu-me fazer um saco novo.
E mesmo mesmo a acabar olho para o lado e vejo um tecido com umas rosas que me pareceram o ideal para quebrar a monotonia do padrão aos quadrados. Foi recortar e aplicar.
Aproveitamento de tecidos e sem planos, tal como eu gosto.

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