Destes nossos passeios pela cidade há-de ficar-me sempre em memória a companhia doce desta infância, a última que ainda temos cá por casa.
Infelizmente, com muita pena minha, ou porque é mesmo assim, nem sempre os meus filhos adolescentes nos querem acompanhar. E como prefiro mil vezes uma vez que seja com boa vontade do que cem vezes de má vontade aceito que seja assim.
No entanto, de cada vez que não estão comigo penso sempre nos momentos óptimos que todos estamos a perder.
Mas só em parte, porque em contrapartida fico em exclusivo com outras coisas que de outro modo não são possíveis quando temos que dar atenção a três filhos.
São pequenas coisas que para mim valem imenso porque sei que são as últimas.
A generosidade da infância, a doçura e a boa disposição constantes com um sorriso fantástico que acompanha uma vontade enorme sempre presente de querer ajudar. O "Eu ajudo mãe" soa-me a música e sabe-me pela vida numa altura em que muitas vezes sinto a falta dela.
O toque quente e suave de uma mão mínima que se aconchega na minha, o "posso sentar-me ao teu colo mãe", o som da tua voz, ou o olhar que sempre procuras em mim são tão próprios destes momentos que desejaria andar por aí por essas ruas sem parar se com isso pudesse adiar o fim desta infância.
Tão bonito. Fico emocionada ao pensar no que me espera com as minhas filhas! ;) Parece-me que a Paula aproveitará bem esta infância, até que um dia, todos, mais velhos, a venham procurar, pedindo novamente "colo". Beijinho
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ResponderEliminar(Suspiro...) Eu até já proíbi os meus de crescerem! Mas também é tão bom vê-los desenvolverem uma independência saudável. De qualquer forma os momentos de "filho único" são sem duvida especiais! Ficam as recordações!
ResponderEliminarTão bonito o teu texto, Paula, e soa-me tão, mas tão familiar, pois tb eu já só tenho um companheiro. Que me mima, que me abraça e me beija a toda a hora. Ao ponto de eu lhe dizer que tenho saudades dele, mesmo quando ele está ao meu lado! Bjs
ResponderEliminarEste texto é muito bonito Paula, mesmo muito bonito. Emocionei-me. Uma das coisas que me apercebi quando me tornei mãe foi do quanto os meus pais são importantes na minha vida. Já achava antes, mas depois de ter tido o Enzo a minha admiração e amor por eles cresceu imenso. Os filhos podem não querer tanto a nossa companhia nalgumas fases da vida, mas o “colo” da mãe será sempre o colo da mãe. Beijinhos.
ResponderEliminarQue encantador...
ResponderEliminarAinda bem terá estes momentos eternizados na memória e no coração.
Bj.