cherry blossoms

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Os dias passam a uma velocidade maior do que aquela que consigo ter para as palavras que quero escrever aqui.
As "cenas" (como diz a Marta), ou na verdadeira acepção da palavra, ditas por mim, acontecem e eu gravo-as em memória, nas fotografias, e nas palavras que estou a escrever agora.
A Marta entrou para uma faculdade, a que desejou, onde queria, e no curso que escolheu.
Um percurso longo e trabalhoso, com angústias, e noites mal dormidas na incerteza.
Mas este processo ainda vai a meio porque falta a "cena" das candidaturas em Julho para as faculdades portuguesas. Por isso outras hipóteses continuam em aberto ...
No entanto, começo a sentir que a certeza de a ver partir parece estar cada vez mais perto.
Andei pelas ruas, visitámos as "residências", as salas de aula, falámos com um dos alunos, e o professor disse-nos tudo o que podia e mais não sei quantas coisas de que nos lembrámos.
Tento visualizá-la ali, mas não consigo vê-la, eu aqui e ela lá. A minha filha ... Lamechices minhas, eu sei!
A senhora que começou a conversar connosco ao longo da "promenade" junto ao mar tinha 83 anos, cabelo branco, pele transparente, e tal como uma Miss Marple percebeu que não pertencíamos ali. Quis acompanhar-nos no caminho que era comum enquanto puxava o carrinho das compras.
Falou das "wonderful cherry blossoms" e de mil e uma coisas sobre aquele sítio desconhecido para nós.
Eu ouvia aquelas palavras que o acaso fez cruzar connosco, fiquei calada enquanto o J conversava, e dei por mim a pensar que afinal a minha filha poderia ser feliz ali.
E isso é definitivamente o mais importante!
Independentemente da saudade imensa que já sinto o meu maior desejo é que venham bons tempos para ti minha querida!

7 comentários:

  1. Paula, por coincidência, há 5 anos ( e sei bem a data, porque era 25 de abril) estava eu em Bruxelas, com a mais velha , a fazer o mesmo que tu. Hoje de manhã apanhei-me a pensar nisso, no hotel onde ficámos, na zona de Bruxelas onde estávamos, do que fizemos por lá durante 3 ou 4 dias. Era tudo tão, mas tão desconhecido! mas era o que ela queria, e lá está, E hoje é tudo tão familiar e ando naquela cidade de olhos fechados. E ela também. Se é o que ela quer (e parece que é) vais ver que tudo dará certo. Irás lá visitá-la vezes sem conta! bjs

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  2. As crias de andorinha abrem as asas e começam a voar... mas nunca esquecem o caminho de volta ao ninho!
    Parabéns à Marta que sabe o que quer e trabalha para o conseguir. Bjo

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  3. Que comentário bonito o de cima! Tinha que ser dela...
    Quanto à Marta, deve mesmo ser difícil para a mãe imaginar sua afilha longe. Mas o lugar parece tão bonito que tenho que concordar, parece ser bem possível alguém ser feliz por lá...

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  4. Por cá, e embora ainda faltem uns anos, já se começa a falar nessa possibilidade.
    Se por um lado sou a primeira a dar-lhe um "empurrão" por outro, já começo a sentir o medo do desconhecido.
    O mais importante é que sejam felizes.
    Boa sorte.

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  5. Se ela foi para a Universidade de Cambridge (terei interpretado bem?), toda a saudade e todos os sacrifícios valerão a pena! Vai ser um passaporte seguro para um bom futuro.
    Coragem, mãe ansiosa!

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    Respostas
    1. Ah, não, já vi que me enganei. Cambridge não tem mar... :) Será Brighton? Tenho uma amiga que tirou lá o curso e adorou.
      Há-de ser muito bom para a tua filha, Paula, tenho a certeza.

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