da adolescência e um novo início

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Hoje, dia 10 de Junho de 2015, foi o último dia de exames no liceu.
Hoje foi o último dia de liceu para a Marta.
Telefonou-me para a ir buscar e decidi levar a máquina fotográfica porque sou uma sentimental.
Encontro-a com um dos seus melhores amigos, ou talvez o seu melhor amigo. 
Sinto a felicidade que lhes vai na alma e na minha cabeça eu revejo mil e uma imagens de manhãs que começavam muito cedo e com muito sono, do carro cheio com os três a caminho do liceu numa gincana pelas ruas para chegar a tempo do último toque, de todos os primeiros dias de aulas, de rabujices, das mochilas sempre cheias, das centenas de lanches que preparei, de todos os casacos que ficaram perdidos no recreio, das "saídas" a que consegui ir, das dezenas de professores que conheci, das actividades que programei, das festas de anos que fiz, da lista de contactos que ainda me enche o telemóvel a começar por "mãe de ... (amigos Marta)", e de mil e uma coisas mais que marcavam uma rotina que me cansava mas que eu gostava porque como todas as rotinas fazia-me sentir segura e também me fazia feliz.
Mais um bocadinho de ti que se solta de mim ...
Sinto pena por este tempo que acabou e sinto-me em paz por este momento que chegou. Sou uma egoísta neste sentimento porque sei que agora é contigo. Quero acreditar que fiz tudo o que sentia ser possível fazer e espero que tudo o que fiz, bem ou mal o futuro dirá, chegue para que possas seguir o teu caminho sendo feliz.
Vai, e segue o teu coração minha querida que nós vamos estar sempre aqui para ti.
E que todos os teus amigos que conheci, "mínimos" ainda com 3 anos e que vi crescer, sejam felizes. Cada qual no caminho que melhor souber escolher para si.
(se algum dos dois vir isto as minhas desculpas pelo abuso de ter usado esta fotografia mas estas palavras não podiam ficar guardadas só na minha memória)


8 comentários:

  1. Tão bonito, Paula. Confesso que me emocionei. :) Muitas felicidades para esta nova etapa! Beijinho

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  2. É uma porta que se fecha perante tantas outras que se abrem!
    E a vida é feita destas etapas - que no criação de uma mãe têm a força dos grandes momentos.

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  3. Olá Paula, já cá tinha estado, deixado meu comentário, mas um bug não deixou publicar. Quero dizer-te que adorei teu texto, revi-me em cada linha (sabes porquê) e ainda que esta fase acabasse, tudo vai começar novamente. Só que de outra forma e noutro lugar. Li em alta voz para o meu marido e filha, que se riram quando ouviram falar na gincana pelas ruas, nos lanches, nas mochilas que pesam que nem bigornas,nos casacos perdidos, nos números de telemóveis "mãe de..." Riram, porque identificaram-se, porque isso dura 15 anos para cada filho, com anos sobrepostos, está claro, mas somados, serão quantos? 20? mais? pessoalmente, andamos nessa rotina desde 95... ou seja há 20 e faltam mais 3. E ati, quantos faltam? bem mais, penso eu....
    Bjs Paula, adorei ler-te, mesmo.

    PS: a tua filha é toda mãe.

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    1. Val, esqueci-me da parte em que tínhamos que plastificar os cadernos e os livros todos no início do ano. 3x20 cada ano, será? fiz bem as contas? imperdoável esta falha! e os mots todos que tinha que assinar ... :) bjns.

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  4. Bonito. Não há liberdade sem respeito, não há respeito sem amor. Parabéns por ser a mãe que é.

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  5. Que lindo, fiquei emocionada. Desejo felicidades a todos vocês nesta nova fase <3

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  6. Sei exatamente do que você está falando...
    Linda filha e um depoimento emocionado de uma mãe amorosa: adorei ler.
    Bjs

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  7. Sua filha é linda (e o amigo também) e lindo é seu texto.
    Memórias de mães...
    Desejo para a Marta muitas realizações e alegrias na sua nova estrada.

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