KNITWEAR: Chanel to Westwood

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Saí de Islington e fui ver uma exposição que tinha planeado visitar no Fashion Textile Museum que estava mais ou menos perto (40min de autocarro). Infelizmente não deixavam tirar fotografias. O que foi uma pena porque a exposição era muito boa mesmo. Era permitido fotografar na sala de recepção onde estavam expostos somente quatro ou cinco modelos. Fotografei com o telemóvel o único que tinha luz suficiente (na terceira fotografia). Distraí-me e ainda tirei mais uma à camisola em fair isle que aparecia logo a seguir.
Não conhecia este museu e pelas instalações e pelo edifício acho que não vale muito a pena a visita. Mas pela exposição sim. É uma sorte quando se consegue ver ao vivo de uma forma bem estruturada e bem apresentada certas coisas que só conhecemos de livros.
A apresentação era feita por blocos correspondentes a épocas apresentadas por ordem cronológica. Mais um bocadinho de história da moda mas desta vez só dedicada ao capítulo de roupa em malha tricotada ... :)
Não sabia que os biquinis dos anos 30 eram tricotados em lã (o que não devia dar jeito nenhum quando tomavam banho de mar).
Durante a última grande guerra, anos 40, e por causa do rigor do "utility scheme" imposto, os trabalhos em tricot foram muito populares. As mães desmanchavam as camisolas que deixavam de servir às crianças, aproveitavam os fios, e tornavam a fazer novo sweater. Este é um dos motivos pelo qual os modelos que vemos dos anos 40 são tão coloridos. Era a forma de aproveitarem os restos das lãs. Como era de esperar  mending também era uma técnica popular. E foi engraçado de observar a imaginação à época que acabava por dar em peças bem originais e interessantes.
Nos anos 80 (uma época que nao gosto muito) foi interessante descobrir que a descontrução que acompanhou muita da arte contemporânea também surgiu aplicada à roupa em malha, pela mão de estilistas como a Vivienne Westwood (que acho interessante à época mas que hoje não aprecio especialmente).
Julgo que o resumo da exposição é elucidativo do motivo que me fez ir até um dos confins de Londres:
"Inspirational vintage fashion knitwear from the 20th century. Highlights include 1920s Chanel jersey, 1930s woollen swimwear, 1970s Bill Gibb and conceptual garments from 1980s and 90s designers Comme des Garçons, Vivienne Westwood and Julien MacDonald. An exciting combination of famous names and visually exciting pieces, the exhibition charts the influence of art movements Pop, Punk and Deconstruction alongside new knitwear technologies and design innovation."
Acabei a tarde no café do museu com um chá e um scone com manteiga e doce, of course! Tive a companhia de duas inglesas que se deliciavam igualmente com um chá e que teciam elogios rasgados a um wonderful cake que eu reconheci como sendo um pastel de nata :)
O problema foi voltar. Demora-se horas a atravessar a cidade para chegar ao centro, a qualquer hora. Às 16:30 já era de noite e por isso rendi-me ao luxo de apanhar um táxi para me levar de volta.

3 comentários:

  1. Ui que vontade de ir ver essa exposição... (: adorei os factores históricos, uma coisa que me fascina no têxtil é que na realidade representa todo o nosso instinto de adaptação à nossa envolvente e achei interessante que a exposição se focasse nisso mesmo (: muito bom!

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  2. Estes dias em Londres foram uma verdadeira visita de estudo :)
    Obrigada pela partilha!

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  3. Deve ser fantástica essa exposição. Gosto da maneira como descreves Londres: tantas ofertas interessantes MAS “Demora-se horas a atravessar a cidade para chegar ao centro” - é uma descrição muito realista!

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