é só um instante

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Ontem tive que ir com a Marta à Baixa.
Mesmo ao lado da Retrosaria era impossível não passar por lá. "Vamos lá Marta. É só um instante ..."
Trouxe o burel que já andava a tentar comprar há uns tempos e não resisti à nova lã "Cobertor" da Rosa Pomar. A etiqueta é lindissima e o efeito escovado que esta lã pode ter é genial. Estou desejando começar um colete à Marta com estas cores escolhidas por ela.
A luz das fotografias não lhes fazem justiça mas as cores são o máximo. Como de costume deu-me vontade de pedir uma de cada.

de volta

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O meu computador avariou-se e esteve "off" por uns dias.
No entretanto fui fazendo sacos. No próximo fim-de-semana vou estar de novo no mercado Crafts & Design no Jardim da Estrela. Estes sacos e mais umas coisas novas que ainda estou a acabar vão comigo.
Enquanto vão e não vão, vão ficando disponíveis on-line via Etsy.  

correr

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Correr é a palavra que define estes dias.
Precisamos urgentemente de abrandar o ritmo.
Compromissos, horários loucos que nos põem com olheiras, análises, consultas no médico, testes, trabalhos de casa, actividades que acabam tarde, o jantar que me esqueci, coisas inesperadas que nos alteram os planos. Já só planeamos ao de leve o dia seguinte, acordamos e deixamo-nos levar, e quando chegamos ao final do dia contamos o (pouco) tempo que vamos ter até que o despertador toque de novo. O incentivo à natalidade não se faz alterando só o IRS. O que precisamos é de tempo e disponibilidade que é coisa que as empresas dificilmente dão.
Sentimos a tristeza que acompanha os dias de quem perdeu alguém importante. Uns não estão e outros não conseguem libertar-se das coisinhas do dia a dia para estarem lá no momento que é importante estar. E enquanto estou no carro parada à espera e desejando chegar a casa penso que falhei e que falho todos os dias pelas ausências e pela falta de paciência. Acho sempre que no fim-de-semana compenso e que amanhã será diferente.
Há semanas assim, como esta ou como estas últimas.
Correr bem correu o aniversário do meu filho Miguel que (não sei como) fez 15 anos no domingo. Ainda ontem era criança e inventava palavras num dialecto muito seu que aprendi a interpretar. No meio das vidas de cada um, parámos (acho eu), e dessa vez conseguimos umas horinhas para estarmos todos juntos, nós, os tios, primos e os avós. Já não acontecia há uns tempos e soube bem. Cantámos os Parabéns e brindámos a ti e a nós. Tirei fotografias mas não as consigo guardar aqui porque o meu computador está a dar o berro e resolvi escrever estas coisas em computadores alheios.
Não tive tempo para o registar no dia devido mas, embora só o faça hoje, não quis deixar de escrever porque há coisas para as quais faço questão de ter tempo e o aniversário do meu filho é uma delas.
Muitos Parabéns meu querido! Adoro-te! Maman

LisboaOpenHouse2014

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Este fim-de-semana não nos falhou o Lisboa Open House 2014.
Casas girissimas com visita guiada contada por quem sabe.
Adorei (adorámos) e queria mais. Fosse o fim-de-semana mais longo e não nos teria escapado nenhuma.

capulanas e "alfaiates" no Museu do Traje

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Uma das exposições temporárias que estava no Museu do Traje este fim-de-semana era sobre os trabalhos finais de um conjunto de alunos que participaram num curso para alfaiates utilizando tecidos africanos.
Como gosto de observar estes processos de moda e o que diz respeito a alfaiataria também me interessa tive curiosidade em visitar. O título continha a palavra "alfaiate" mas o que encontrei afinal foram vestidos! Tratava-se de uma exposição com quatro ou cinco peças e embora sendo pequena era interessante porque mostrava algumas das fases de execução. Tenho pena que não tivessem incluído também fotografias, por exemplo, com mais informação sobre as outras fases, do desenho de concepção, das medidas, do corte, costura, prova ... O porquê destes modelos mais ocidentais (será?) e porque não os dos seus países também teria gostado de saber.
Fotografei o que estava disponível.
E registei os modelos que me pareceram mais interessantes.
Existe roupa girissima feita com as capulanas. Uma das pessoas com estilo e que gosto sempre de ver e que usa e abusa é a Solange Knowles. E basta ver algumas das imagens do Mozambique Fashion Week para se ficar com uma boa ideia do que se tem feito.
Por coincidência o meu primeiro vestido feito a sério, há uns meses atrás, foi com uma capulana. Confesso que não gostei muito do resultado final desta minha primeira vez mas isso não importa muito agora. Para terminar e voltando ao tema da exposição devo dizer que estes três modelos merecem aplausos pela qualidade da execução que me pareceu muito boa.

a simpatia do tricot numa 6ª à noite

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6ª feira à noite, final da semana, a precisar de descanso depois de uma semana cansativa.
A seguir ao jantar, soube-me bem chegar à Mercearia Criativa, beber um café acompanhado com uma fatia de um belo de um bolo de chocolate óptimo (a desculpa é que já estava em modo de fim-de-semana), e deixar-me levar nas conversas sobre bordados, tricot e outras coisas mais.
Apetecia-me uma noite assim na companhia de pessoas simpáticas e bem dispostas com conversas giras. Bem acolhedor e com um atendimento bem simpático reservaram-nos a sala cá de baixo para um Encontro de Tricotadeiras na passada 6ª feira.
Já há algum tempo que não tocava em agulhas de tricot, e por isso, foi com muito prazer que fui ao "baú" dos projectos inacabados e repesquei este casaco para retomar num encontro que resultou de uma confusão que sem querer criei por me meter nas conversas (leia-se trocas de mensagens) alheias.
Não me importo nada (e também não me parece exagero nenhum) de agradecer de novo à Sofia "Borboleta Serrana" e à Sofia da "Tricot das Cinco" que foram as organizadoras.
Ouvi dizer que podíamos voltar quando quiséssemos. Por mim está aceite o convite :)
Entretanto o dito casaco vai avançando devagarinho e anda agora entre a cozinha e a sala empurrado de um lado para o outro com esperança de não voltar ao "baú".

diário gráfico

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Ando às voltas com o meu diário sobre as roupas que visto.
A "incumbência" é desenhar em cada dia o que escolho para vestir, e assim, além do estudo sobre o desenho a ideia é descobrir também a minha tendência pessoal. Um desafio sem dúvida!
Principalmente tendo em conta o quão longe me sinto da "perfeição" artística.
Por isso foi uma surpresa quando descobri por acaso que no Museu do Traje estava uma exposição temporária sobre diários gráficos.
O objectivo principal da visita não era este e por isso foi uma sorte a coincidência de encontrar este tema precisamente quando eu ando às voltas com algo semelhante.
Não sei se será assim com todas as pessoas mas tenho uma curiosidade enorme em comparar os meus desenhos com os desenhos de "outros". Aproveitei a sorte e foi com um interesse enorme que analisei o estilo de cada um destes professores.
Já há muitos anos que não visitava o Museu do Traje e devo confessar que vale bem a pena a visita. Vou ter que voltar com mais tempo, e sozinha, porque a minha companhia não teve paciência para esperar que eu tratasse do que ia lá fazer.
A visita de hoje e o que vi nas outras exposições que também tinham temas muito interessantes serão registo de "postagens" futuras.
Por agora ficam as fotografias de alguns dos desenhos que gostaria de ter sido eu a ter a habilidade para os fazer. Entretanto vou fazendo o melhor que consigo e pode ser que algum dia faça algo um bocadinho parecido. Tenho dúvidas, mas enquanto houver esperança eu vou rabiscando. Um destes dias mostro ... :)

fazendo

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Quando se gosta, gosta-se mesmo.
É o que posso dizer deste tecido.
Ia fazer o quimono mas adiei e saiu esta.
Daqui a duas semanas vou estar novamente no mercado do Príncipe Real.
Por isso ainda tenho muito trabalho pela frente ...

desta semana

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Esta semana fiz anos.
Não quis presentes e no entanto presenteei-me a mim própria com um dia de férias.
Coisa de que ouvia os outros falar mas que nunca tinha experimentado para mim própria.
Poderia falar desse dia mas não vale a pena.
O que me interessa registar tem a ver com os meus filhos.
Indiferentes ao que pedi ou mesmo sem ter ouvido ou prestado atenção seguiram a tradição.
A Mariana ofereceu-me um postal escolhido por si com a ajuda do avô e escreveu um poema da sua autoria.
O Miguel cantou-me os Parabéns com o engenhoso esquema de duas velas espetadas em dois palitos que por sua vez estavam espetados em dois quadrados de uma tablete de chocolate.
E a Marta, no dia seguinte, trouxe-me um estojo com lápis e algum material mínimo para as minhas aulas de desenho.
A minha actividade mais recente são estas aulas de desenho que não sei se serei capaz de levar adiante. A mão perdeu o jeito e sinto a frustração de olhar para dois desenhos onde a identificação da batata ou da noz que me deram para desenhar é muito difícil (e estou a ser generosa quando utilizo somente o adjectivo difícil).
Tirando este aparte o que importa escrever é que sem saber como nem porquê talvez tenha dado com uma forma de recuperar uma parte do que me liga a esta filha e que muitas vezes dou por mim a achar que está perdido.
Normalmente alheia ao que faço e com o egoísmo característico da idade saiu da sua "bolha" e deu por mim em algo que nela é um talento inato. Quem diria que um simples estojo seria a "chave" que procuro!
Como é que me esqueci que os artistas têm uma linguagem diferente!
A adolescência tem esta característica de lhes alterar a química do cérebro e com isso concluir aquilo a que chamam a personalidade. É natural que assim seja mas o outro lado da moeda faz com que muitas vezes o entendimento que dispensa palavras, aquele que só uma mãe conhece em relação a um filho, pareça que desapareceu e passamos a olhar para uma pessoa que é outra e já não nos pertence e às vezes nem reconhecemos.
A palavra distância ganha um significado novo e a palavra esperança não nos sai da cabeça.
E assim de repente, quem diria que com um estojo um mundo de possibilidades torna a surgir.
Todos os presentes são diferentes e todos são os melhores e especiais, mas sem que alguma vez suspeitasse quem diria que acabaria por receber um presente tão bom Marta.
Sou uma "romântica" eu sei, mas sabe-me tão bem acreditar que pode ser assim.

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