e faltava o deserto só para terminar

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Só mesmo para terminar, porque não podia deixar de ser, e porque não tive tempo antes.
O deserto, onde sempre quis ir, e finalmente consegui ir.
A solidão, o silêncio e a sensação do vazio, do espaço, as cores do sol em final de dia, não foi que se pretendia ter, mas foi o possível.
Depois de uma mais ou menos longa viagem de carro chegámos ao ponto de encontro com os outros carros da agência que planeia estes passeios ao deserto. Isto não é uma expressão de linguagem, é mesmo assim. Onde antes existiam dunas agora existem construções de casas, prédios, universidades, e mais casas, estradas e coisas assim. Não sei tudo, mas o que percebi é que decidiram constituir uma Reserva para proteger o habitat do deserto tal como era antes deste desenfreamento de desenvolvimento dos Emiratos.
Assim estando perto do Dubai o melhor que consegui para chegar ao deserto foi visitar a Dubai Deserte Conservation Reserve ou DDCR.
Dando o devido desconto à parte turística da coisa a que chamam safari e ignorando o "multidão" posso dizer, com prazer, que posso pôr mais um check na minha lista.
Eu gosto mesmo de lugares assim! Onde sentimos que o tempo "pára" :)
Gostei muito, foi um dos melhores dias destas férias e de outras, e espero poder voltar um dia ... ao deserto (se possível sem safari :)).

à procura de tecidos no dubai

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Sempre que posso nestas viagens procuro lojas de tecidos.
Na recepção do hotel onde ficámos soube que não havia visitas guiadas à parte antiga que incluíssem o souk dos têxteis. Uma das recepcionistas disse-nos que não era um local muito procurado e que não era nestes lugares mais turísticos que os "locais" normalmente iam para comprar os seus tecidos.
Desistimos da visita guiada e resolvemos ir por nossa conta. Na parte antiga da cidade, Deira, depois de visitar os souks do ouro e das especiarias fizemos uma curta travessia bem agradável do rio Creek e chegámos ao Old Souk e ao mercado dos têxteis.
Depois de passar por todas as pashminas e respectivos vendedores comecei a encontrar as ditas das lojas de tecidos, mas de facto a grande maioria dessas lojas não vendia a retalho. Quase todas vendiam em grandes quantidades ou então vendiam peças em rolo com cerca de 12 metros cada. Mesmo assim ainda encontrei algumas que vendiam ao metro tecidos de seda ou tecidos especiais dos de renda com aplicações.
Por curiosidade perguntei o preço de uma renda. Pediram-me 120 dirahms o que corresponde a cerca de 30 eur mais ou menos. Com o regateio da praxe o preço era capaz de baixar mais. Por comparação com os preços que encontro em Lisboa de tecidos semelhantes pareceu-me que teria valido a pena o investimento se de facto estivesse interessada neste tipo de tecidos.
Começou a anoitecer e como não encontrei o que queria resolvemos fazer o caminho de volta. Pela primeira vez numa visita deste tipo vim-me embora de "mãos vazias". O que hoje me parece quase inacreditável como consegui resistir. Acho que estou a ficar mais sensata nestas coisas ...  :)
Mais tarde fiquei a saber que os ditos "locais" costumam ir a Satwa Road onde se pode encontrar diversos alfaiates e boas lojas como o Regal ou o Deepak.
Tive pena de já não ter tido oportunidade de fazer esta visita, mas pode ser que um destes dias lá volte. Nunca se sabe ...

sharjah, ajman, dubai

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Andámos por aqui.
Nos Emiratos Árabes Unidos atravessámos três emiratos sempre a uma velocidade pouco razoável em cidades com seis faixas de rodagem de cada lado da auto-estrada, onde o trânsito é constante deste manhã muito cedo até muito tarde à noite, e com uma "rush hour" que vai das quatro da tarde até às dez da noite!
Esta descrição é uma boa imagem da velocidade a que se vive, constrói, e se faz crescer estas cidades enormes com pouco mais que trinta anos.
Começámos pela zona antiga da cidade do Dubai, na Deira.
Visitámos os velhos souks das especiarias e do ouro e atravessámos o rio - Creek - até ao souk dos têxteis.
Com baixas expectativas dei por mim a ser surpreendida.
Fiquei a saber que lêem da direita para a esquerda, lêem os jornais do fim para o princípio, e o fim-de-semana começa à sexta-feira e termina ao sábado. Sendo que é a sexta-feira que é equivalente ao nosso domingo.
Num país de contrários também se vêem os contrastes entre quem não tem a nacionalidade e quem a tem.
Há imensa coisa para fazer. Os dias não chegaram para tudo o que gostaríamos de ver e visitar.
É sem dúvida um lugar incrível onde se quebram recordes.
O dinheiro parece "fluir". Tudo acontece a grande velocidade, e tudo é em grande, muito grande mesmo.
É o local "onde os arquitectos deixaram que a imaginação os levasse até onde fosse possível" disse-nos um guia.
Infelizmente não consegui visitar o edifício mais alto do mundo - o Burj Khalifa - com 828 metros de altura, que ultrapassa as nuvens, e onde nos últimos cinco andares ninguém vive por causa do pouco oxigénio. Um edifício que, segundo li, demorou cinco anos a construir e quem o construiu sabe que nem em cem anos conseguirá o retorno que deveria pagar o custo de construção!
Parece não haver limites! Loucura é a principal palavra que me ocorre!
E apesar de por lá ter andado uma semana ainda não consegui habituar-me à ideia que este lugar existe assim no meio de um deserto numa forma muito próxima daquela que poderia encontrar se em vez de ter voado para oriente tivesse decidido ir para ocidente. Continua a parecer-me tão irreal e tão estranho!

ao som do charleston

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Este Carnaval teve esta parte boa.
A ideia foi dela e as escolhas dos materiais também.
Até deu direito a um desenho para ilustrar bem o pretendido. :) 
Fiz um vestido inspirado nos anos 20 para a Mariana levar para o liceu hoje.
Foi feito um pouco à pressa mas serviu o objectivo.
Dançar até não poder mais (um bom Charleston, se possível fosse)  :)

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