inside the world of Alexander McQueen

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"Clothes don't come from a notepad. It comes from Degas, Monet and my sister-in-law in Dagenham" - Alexander McQueen

Este fim-de-semana estive em Londres. E tive a sorte da minha estadia coincidir com o dia de inauguração da exposição "Savage Beauty" sobre Alexander McQueen no Victoria & Albert Museum.
Nasceu em 1969 e morreu com 40 anos em 2010. Suicidou-se no auge da sua carreira um dia antes do funeral da mãe. Trágico! Segundo consta sofria de depressão, ansiedade e insónias, e há histórias de outras tentativas de suicídio.
Mas esta é a parte triste, para quem tiver a sorte de visitar a exposição entende melhor a grandeza do que está exposto se conhecer um pouco mais da história da sua vida.
Aos 16 anos começou como aprendiz de um alfaiate em Savile Row. Aos 20 anos passou para um atelier de trajes de teatro. A seguir vai trabalhar como "pattern cutter" em dois atelier em Londres e em Milão. Entre 1990 e 1992 conclui o MA em Fashion Design na Central Saint Martins, uma das mais prestigiadas escolas em Moda (fazia parte do mesmo grupo de Stella McCartney e Galliano). A partir daí seguem-se quatro "Awarded British Designer of the Year" e mais uns do género.
Aos 27 anos é o chief designer da Givenchy.
Era um naturalista. Gostava dos opostos. Conseguia ver beleza onde o comum dos mortais via fealdade. E devia ser completamente "passado da cabeça". À sua história muito resumida falta-me juntar a origem humilde do East End de Londres onde "schooling wasn't at the top of the agenda, ..." como ele próprio referiu, e outras curiosidades como o facto de ser o mais novo de seis irmãos, de gostar de fazer os vestidos das suas três irmãs, e de visitar o Museu de História Natural todos os domingos durante a sua infância.
Não tenho palavras para descrever esta exposição. A Mariana que estava comigo ficou deslumbrada e quando lhe pergunto o que mais gostou deste fim-de-semana uma das coisas que refere é a "exposição da roupa" como ela lhe chama. A dada altura era ela que queria voltar atrás para ver melhor um vestido ou outro e prometeu-me que ia desenhar um deles para mim :)
Se esta morte não tivesse acontecido aonde nos teria levado o seu génio?
Ao ver esta exposição percebe-se o nível que atinge a Moda como forma de produzir autênticas obras de arte em espectáculos absolutamente fantásticos e surpreendentes como costumavam ser as suas "catwalk".
Com muita pena minha não era permitido tirar fotografias. Para juntar a este texto encontrei esta fotografia das borboletas que foi uma das peças da exposição que tanto eu como a Mariana gostámos imenso.

2 comentários:

  1. Os génios, geralmente, morrem cedo, e este foi um deles. Penso que a cabeça de uma pessoa como esta não a deixa viver comum e normalmente e acabam por partir, voluntariamente ou não. Uma pena não teres podido fazer a reportagem fotográfica! mas fica este pequeno texto biográfico que muito já nos ensinou. Beijinho

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